Saída da SAMIM não significa ruptura da cooperação multilateral

Saída da SAMIM não significa ruptura da cooperação multilateral

 Combate ao terrorismo

A saída da SAMIM não significa a ruptura da cooperação multilateral com a SADC, no âmbito da prevenção e combate ao terrorismo e extremismo violento, entendido que estes são fenómenos globais que requerem um esforço colectivo regional para o seu enfrentamento, mas é justificada pela caducidade da vigência do mandato da SAMIM, tendo em conta que não era de tempo indeterminado.

Esta asserção foi defendida esta quarta-feira, 17 de Abril, pelo Ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, durante a sessão de respostas aos Deputados da Assembleia da República.

Na ocasião, Cristóvão Chume referiu que a decisão do fim da missão da SAMIM baseou-se na avaliação do facto de a mesma ter cumprido o objectivo pelo qual foi criada, que foi o de apoiar as Forças de Defesa e Segurança (FDS) a rechaçar os terroristas e recuperar o controlo de zonas que se encontravam sob forte influência dos mesmos nos distritos de Macomia, Muidumbe, Nangade e Mocímboa da Praia, o que permitiu o restabelecimento de boas condições de segurança e retorno gradual das populações às suas zonas de origem.

O dirigente do pelouro da Defesa, avança que apesar da retirada da SAMIM, Moçambique vai continuar a cooperar, bilateralmente, com os países da região nesta matéria e há acções em curso para o incremento da coordenação de operações e esforços, por exemplo, com a Tanzânia e Zimbabwe, no campo da construção de capacidades, controlo transfronteiriço e partilha de informações de Inteligência.

Para além do cumprimento da missão, o fim das operações da SAMIM foi decidido, tendo em conta à exiguidade de recursos da SADC que pretende redimensionar esforços para a situação do Leste da República de Congo, que está em crescente deterioração e também ameaça a paz e estabilidade regional.

Chume reforçou que a agenda do Governo é de envidar esforços para proteger as populações afectadas pela violência terrorista, bem como potenciar as capacidades militares nacionais de resposta e dissuasão para assegurar os objectivos permanentes de defesa nacional nos espaços estratégicos de interesse nacional permanente e de interesse nacional conjuntural.

De referir que a retirada do contingente militar da SAMIM iniciou no passado 05 de Abril do corrente ano, com a saída dos militares do Botswana, segundo, referiu a missão da SADC em Moçambique, numa nota divulgada na mesma data.


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