𝐌𝐨𝐫𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐂𝐡𝐨𝐧𝐠𝐮𝐢ç𝐚 𝐟𝐞𝐳 “𝐯𝐢𝐛𝐫𝐚𝐫” 𝐌𝐮𝐧𝐠𝐮í𝐧𝐞

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O conceituado músico moçambicano saxofonista de jazz, Moreira Chonguiça realizou, no dia 30 de Abril, na Escola Prática do Exército das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), em Munguíne, no distrito da Manhiça, um espetáculo musical, alusivo ao Dia Internacional do Jazz.

O espetáculo realizado sob o lema: “Paz e Integridade” surgiu em reconhecimento do papel imprescindível das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) na manutenção da paz e integridade territorial do país.

O Jazz é uma das mais intensas formas de manifestação e expressão cultural em jeito de música, uma das principais características deste estilo musical nascido nos Estados Unidos da América, na região de Nova Orleans, no final do século XIX e início do século XX, tendo como inspiração para a sua criação a cultura afro-americana, e que não se apega de forma estrutura a uma música, baseando-se antes na improvisação e na livre interpretação. Geralmente, os músicos tocam uma determinada música dentro de uma certa estrutura harmônica, dando-os liberdades na execução. E foi exactamente desta forma que Moreira Chonguiça fez o seu show na Escola Prática do Exército das FADM.

A parada da unidade, que geralmente é usada para formaturas todas segundas-feiras e como palco de cerimónias de grande envergadura, como é o caso de encerramentos de cursos de instrução básica, por exemplo, desta vez serviu para os militares e recrutas finalistas daquela unidade militar degustarem do bom afrojazz feito por moçambicanos.

Com recurso a sua “arma de fogo”, o saxofone, o experiente artista, “disparou” sons que, durante três horas, levaram o público composto por militares e civis, presentes a uma verdadeira “explosão” de emoções.

Juntamente com a sua banda, Moreira Chonguiça iniciou a actuação de forma solene, com uma interpretação do Hino Nacional com recurso aos instrumentos musicais. Aos poucos o ritmo foi subido de nível, esbanjando o seu talento e capacidade de improviso. Temas que fazem parte do álbum “The Journey” e outros projectos clássicos do etnomusicólogo levaram os militares a “sacudir o esqueleto” e esquecer, por alguns instantes, dos desafios que o sector enfrenta, que passa por resgar de forma definitiva a paz e segurança, em alguns distritos da província de Cabo Delgado.

Apesar de ser o protagonista no sopro, Moreira precisou do piano, da guitarra elétrica, bateria, baixo elétrico e do teclado, para dar aquele toque magico a sua apresentação, e para isso contou com a sua banda.

A banda Massotxua do Comando das Unidades Cerimoniais (CUC) das FADM, também fez parte da festa e teve a missão de “abrir as portas” do espetáculo, iniciando o show, com interpretação de varias canções de sua autoria, que levaram o publico a vibração.

 

“𝐌𝐢𝐥𝐢𝐭𝐚𝐫𝐞𝐬 𝐬ã𝐨 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐧𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐭𝐞𝐜çã𝐨 𝐝𝐚 𝐒𝐨𝐛𝐞𝐫𝐚𝐧𝐢𝐚”
- 𝐃𝐢𝐳, 𝐌𝐨𝐫𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐂𝐡𝐨𝐧𝐠𝐮𝐢ç𝐚 

Esta iniciativa surge num momento em que o país enfrenta ataques terroristas, que assolam alguns distritos da província de Cabo Delgado, desde outubro de 2017, dificultando o processo de desenvolvimento naquela região do país.

 “Paz e Integridade” foi o lema escolhido para as celebrações do Dia Internacional do Jazz, que se comemorou a 30 de Abril. A escolha deste tema surge em reconhecimento do papel imprescindível das Forças Armadas de Defesa de Moçambique na manutenção da paz e integridade territorial no país, segundo o saxofonista, Moreira Chonguiça.

Para o artista, num momento em que o país tem o desafio de erradicar o terrorismo, em alguns distritos da província de Cabo Delgado, os militares são o órgão mais importante na protecção da soberania nacional, desempenhando um papel fundamental na resolução deste problema, dai a necessidade de serem sempre acarinhados.

Por sua vez, os militares (recrutas finalistas), mostraram-se satisfeitos com a escolha daquela unidade militar para acolher a iniciativa, e esperam que esta seja reproduzida para outros quarteis.

Moreira Chonguiça é um dos mais notáveis músicos moçambicanos, principalmente no país e na África do Sul, onde obteve a licenciatura em musicologia, somando na sua carreira sete álbuns.

 

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